domingo, 16 de novembro de 2008

Paranoarte no Programa Globo Comunidade - assista os vídeos e mande-nos seus comentários!

No mundo da moda
No mundo da moda Artesãs do Paranoá fazem bonito com material reciclado e marcam presença no Brasília Fashion Festival. Leia a reportagem »
Fonte: http://dftv.globo.com/Jornalismo/DFTV/0,,10042-p-20081116,00.html
A história da Paranoarte
O Globo Comunidade começa uma série de três programas que vão mostrar o artesanato produzido no Distrito Federal. Um trabalho diferente e que está conquistando o mercado da moda.

São cooperativas de artesãs que surgiram nas comunidades com diversos trabalhos manuais. Muitos feitos com material reciclado, para melhorar a renda de várias famílias. Agora as artesãs receberam ajuda de um estilista reconhecido no mercado, já incrementaram o design das peças e estão colocando a produção nas passarelas e nas vitrines. No programa de hoje, o primeiro da série, você vai conhecer a organização não-governamental Paranoarte. Tudo começou com uma terapia comunitária. Um grupo de mulheres descobriu que tinha talento e podia fazer trabalhos manuais. Uma foi ensinando a outra e todas viraram artesãs. Para se ter uma idéia do valor das peças desenvolvidas, neste fim de semana elas participam do Brasília Fashion Festival. Uma verdadeira vitrine de moda. Neste primeiro vídeo o engenheiro Valdir Rodrigues, que começou um trabalho voluntário na comunidade do Paranoá, conta como a terapia de grupo virou uma associação de artesãs. Assista!

Instituto Arcana apresenta Sábado Mulher 2ª Edição 2008

"Na trilha das Guerreiras" no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Olhem que notícia maravilhosa!!!! O filme "Na trilha das Guerreiras" integrará a Mostra Competitiva 16mm, do 41º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, cuja exibição será dia 20 de novembro de 2008, quinta-feira, às 14h30, na Sala Martins Pena do Teatro Nacional Claudio Santoro. Não é uma beleza? Quem estiver em Brasília e quiser prestigiar, as Guerreiras estarão presentes!!!! Pra comemorar essa belezura e mais o aniversário dos escorpianos, faremos mais um de nossos famosos bailes: SEXTA FEIRA DIA 21 DE NOVEMBRO ÀS 20 HORAS no Quintal da Aldeia - Pirenópolis GO Aguardamos vocês!!!! "A resistência consiste em se aprofundar as raízes, manter o tronco flexível e deixar-se balançar ao estímulo dos ventos'. Daraína Pregnolatto Diretora Geral Guaimbê - Espaço e Movimento CriAtivo http://br.mc510.mail.yahoo.com/mc/compose?to=daraina@guaimbe.org.br http://www.guaimbe.org.br/ 62 8401 2394 skype: daraina7

A Terapia Comunitária como política pública

Por Doralice Oliveira Gomes doralice32@hotmail.com

Pouco a pouco se fez (e se faz) um caminho A TC é uma metodologia que proporciona o encontro entre as pessoas para que conheçam melhor a si e à comunidade em que vivem, e juntos busquem alternativas para lidar com os problemas do cotidiano. A TC foi criada e aprimorada pelo Prof. Dr. Adalberto Barreto da Universidade Federal do Ceará a partir de sua experiência com os moradores da favela do Pirambu em Fortaleza-Ceará. De início enfrentou o desafio de favorecer a saúde comunitária e a inserção social lidando com a complexidade vivenciada pelas pessoas com baixa renda. O principal desafio foi unir o saber acadêmico e o saber popular numa perspectiva de complementaridade, num “choque criativo”, como ele mesmo nomeia, de modo a ampliar as possibilidades de resolução dos problemas vividos no cotidiano (Barreto, 2008). A utilização e o aprimoramento desta metodologia ao longo dos anos têm demonstrado, por meio de pesquisas, resultados muito relevantes na atuação junto às comunidades, em especial com maiores vulnerabilidades sociais. Tais resultados possibilitaram que a TC adquirisse status de política pública em âmbito municipal, estadual e federal (Camarotti e Gomes, 2008). A Terapia Comunitária Conforme apresentado a Terapia Comunitária é uma metodologia de intervenção nos grupos sociais que objetiva a criação e o fortalecimento de redes sociais solidárias. Alicerça-se no princípio que a comunidade possui seus problemas mas também desenvolve estratégias para lidar com sua realidade. A TC é um espaço de acolhimento para as pessoas que favorece a troca de experiências entre elas. Todos têm oportunidade de reconhecer os saberes adquiridos com a experiência de vida e a colaborar com o seu bem estar, auto-conhecimento, auto-estima e também dos demais participantes do grupo. A TC foi desenvolvida segundo os seguintes pilares teóricos: pensamento sistêmico, antropologia cultural, teoria da comunicação, pedagogia de Paulo Freire e resiliência (Barreto, 2008). Estes fundamentos evidenciam que a base de sustentação da TC está ancorada na visão complexa dos fatos, no respeito à diversidade cultural, no resgate e valorização dos saberes adquiridos e na capacidade de superação das pessoas. Para que a TC aconteça é necessária a presença de um terapeuta comunitário. Ele é responsável pela condução do grupo de acordo com os princípios e a sistemática da TC. O terapeuta comunitário à medida que coordena possibilita que as histórias de vida dos participantes sejam valorizadas, assim como seus recursos culturais. É um processo que favorece o resgate da identidade individual e coletiva, da auto-estima, da confiança em si, da ampliação da percepção dos problemas e possibilidades de resolução (Senad, 2006). Pesquisa realizada em 2005/2006 com base em 12.000 rodas de terapia comunitária identificou vários benefícios propiciados pela participação nos grupos. Destacou-se dentre os dados levantados que das situações problema trazidas pelos participantes apenas 11,5% necessitaram encaminhamento para serviços especializados, ou seja, 88,5% encontraram resolutividade na própria TC e nos recursos locais como grupos de ajuda-mútua, vizinhos, entre outros, evidenciando a força de auto-cuidado existente na própria comunidade (Barreto, 2008). A pesquisa mostrou que os grupos sociais têm iniciativa nos seus processos de cuidado, não ficando a cargo somente de serviços especializados. Outra reflexão que reforça a concepção da capacidade de auto-cuidado dos grupos é a constatação de que a promoção de redes sociais que resultem em vínculos de solidariedade entre as pessoas constitui-se num fator de promoção à saúde individual, familiar e coletiva. A Terapia Comunitária nas políticas públicas Os resultados demonstrados ao longo dos anos têm chamado a atenção de autoridades governamentais que reconhecem a contribuição da TC na promoção da qualidade de vida das pessoas. Estes benefícios fundamentaram o posicionamento da TC como uma política pública em várias áreas como a educação, saúde, segurança pública, justiça e ação social. O baixo custo, a alta efetividade, o empoderamento das comunidades e a busca de soluções participativas alicerçam a TC como uma política pública adequada no atendimento das diversas e complexas demandas presentes no contexto social brasileiro. Outro dado relevante que favoreceu o apoio governamental diz respeito à grande capilaridade do movimento da TC no Brasil. A rede da TC é ampla, contando com 12000 terapeutas comunitários que atuam em suas comunidades como voluntários ou associando a TC à sua atuação profissional (pública ou privada). A formação e o acompanhamento dos grupos também encontram-se estruturados. Todas as regiões brasileiras possuem Pólos de Formação, num total de 36, e os terapeutas comunitários estão organizados pela Associação Brasileira de Terapia Comunitária – ABRATECOM . A seguir serão apresentados alguns exemplos de validação oficial da TC no âmbito das políticas públicas. A TC é reconhecida pelo Ministério da Saúde como uma política pública de saúde na atenção básica às famílias. O Ministério da Saúde está investindo na capacitação de profissionais do Programa Saúde da Família em Terapia Comunitária. O objetivo é que a prática da TC seja incorporada às ações do PSF com uma estratégia de saúde da família. A Secretaria Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas da Presidência da República também valida a TC como uma política pública que contribui na prevenção, tratamento e reinserção social de usuários e familiares de dependentes de drogas. Investiu na capacitação de 800 profissionais e lideranças comunitárias nos anos de 2005 e 2006 para ampliar e fortalecer a rede de atenção relacionada à atenção na área de drogas. Outro exemplo de destaque é o reconhecimento da TC pela Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza. No momento atual integra as ações da rede de saúde primária do município. A TC faz parte hoje das políticas públicas de saúde e de prevenção e atenção na área de drogas. Estes são exemplos significativos à medida que evidenciam um percurso que foi construído e consolidado a muitas mãos, com especial ênfase na participação comunitária. A experiência trilhada pela TC para a validação como política pública é notória. Foram necessários anos de saberes acumulados, persistência diante de inúmeros obstáculos, permanência e aprimoramento da ação, articulação entre pessoas e instituições do país, participação das comunidades envolvidas e validação por pesquisa. Vemos, desta forma, a caminhada iniciada há mais de 20 anos pelo Dr. Adalberto e os moradores do Pirambu consolidando-se e aprimorando-se ainda mais, contribuindo para a grande rede de atuação comunitária existente no país que busca efetivamente colaborar para que as pessoas possam viver bem, com qualidade. O princípio da solidariedade, base de sustentação da TC, é reforçado pela importância da articulação entre governo e sociedade e entre os próprios movimentos sociais existentes. O objetivo é comum a todos: contribuir para o bem estar social. O reconhecimento desta rede é fundamental para que este objetivo possa ser alcançado. A TC reconhece-se como um elo importante neste tecido social e busca, da melhor forma possível, contribuir nos contextos onde atua. Consciente de que um elo é tão mais forte quanto a força da rede que integra. É como diz a canção “um mais um é sempre mais que dois”. Referências bibliográficas BARRETO, A. (2008) Terapia Comunitária Passo a Passo. Fortaleza, Grática LCR, 2005. p.335. CAMAROTTI, M.H.. GOMES, D. O (2008) Terapia Comunitária: circularidade nas relações sociais. In Osório, L. C. e Valle,M. E. P. Manual de Terapia Familiar.ArtMed. RS SENAD. (2006) A Prevenção do Uso de Drogas e a Terapia Comunitária. Brasília, 2006.


Doralice Oliveira Gomes. Psicóloga, terapeuta comunitária, coordenadora do Programa Jovem de Expressão pela ONG Movimento Integrado de Saúde Comunitária do DF, consultora de projetos governamentais, não governamentais e de organismos internacionais, ex-coordenadora geral de prevenção da Secretaria Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas.

Brasília Fashion Festival

Ontem, 14 de novembro, foi dada a largada do BFF que agregou oito desfiles de auto-verão. O primeiro desfile do dia foi de Martha Medeiros, que mostrou peças com conceito de auto-costura, tecidos leves como a seda estampada, estampas étnicas preto e branco, vermelho e sandálias de veludo.

Isabela Capeto também participou do primeiro dia de evento e trouxe referências do México, com paetês e bordados. A Ludovica foi a terceira marca que mostrou sua criações e traduziu a ‘Magia dos Cristais Venesianos’ com peças minimalistas e cheias de cores sóbrias (cru e cáqui).

Vestidos longos de malha, estampados, babados e saias rodadas foram as criações de Mariá Araújo, responsável pelo quarto desfile do dia. A cooperativa Mãos que Criam apresentou maxi-bolsas criadas com garrafas de plástico, prendedores de biscuit com crochê e colares com formas geométricas.

O desfile de Fabíola Alves foi um arraso e contou com uma cartela de cores inspirada nos quadros de Paul Klee. Os vestidos eram esvoaçantes e longos, de chiffon de seda, pence e cetim de seda pura.

Ao som de ‘Garota de Ipanema’, Efigência Costa estreou nas passarelas. Calças de cintura-alta, cáftas e macacão foram os pontos fortes de uma coleção que teve influência retrô.

Já a queridinha do dia, Andrea Monteiro, mostrou que é uma mulher descolada e levou isso para suas roupas. Comprimentos mini, cores cítricas, golas estruturadas e acessórios coloridos.

Para finalizar o primeiro dia de Brasília Fashion Festival, a Paranoarte usou material ecologicamente correto e gerou brilho, cor e formas geométricas. Vestidos, shorts, blusas e macacões foram feitos em tecido de algodão entremeado pelas tiras de banners.

por Rafael Faria Fonte: http://revistafinotrato.com/brasilia-fashion-festival/

sábado, 15 de novembro de 2008

Reciclagem na passarela

Luciana Barbo Repórter Materiais que seriam jogados no lixo e técnicas de artesanato tradicionais foram os instrumentos usados por artesãs do Distrito Federal, Pernambuco, Ceará e Alagoas para a construção de quatro coleções de moda que serão apresentadas na quinta edição do Brasília Fashion Festival (BFF). O evento tem como tema a bossa nova e vai movimentar o Brasília Alvorada Hotel entre os dias 14 e 16 de novembro. Sob a batuta do mineiro Ronaldo Fraga, considerado um dos maiores estilistas do país, quatro grupos colocaram a criatividade à prova para reutilizar banners de lona plástica, jornal, lacres e fundos de latas de cerveja e refrigerantes, agregados a técnicas como tecelagem, crochê, cestaria, entre outras. A ONG Paranoarte, que agrega artesãs do Paranoá, Varjão, Itapuã e Lago Azul, vai desfilar pela quinta vez no evento. Para a temporada de alto verão, também chamada de resort, a equipe criou uma trama que mistura barbante a tiras de banners. «Queremos mostrar que este material pode ser agregado a técnicas artesanais e se transformar numa nova matéria-prima», afirma a coordenadora do grupo, Aída Rodrigues. A coleção é formada por vestidos, macacões, blusas e saias que ganharam um ar de modernidade com a introdução da lona plástica à trama do tecido. O material também foi usado na trama de um modelo de sandália, que vai compor os 21 looks da apresentação junto a bolsas em tear com aplicações de jornal. As 52 artesãs envolvidas na produção da Mãos Que Criam, da Estrutural, também usaram jornais velhos para a produção das peças da primeira coleção a ser desfilada no BFF. As bolsas são elaboradas a partir de folhas enroladas em forma de canudo e depois trançadas de acordo com técnica de cestaria. Logo após, a peça passa por um processo de pintura. Os periódicos também servem para a elaboração de brincos. Outras técnicas usadas pela cooperativa, que exporta suas criações para a América Latina e Ásia, são crochê e bordado, aplicados a camisetas de malha. «É uma satisfação muito grande ver nosso trabalho sendo reconhecido. Nossa auto-estima está lá em cima. Temos o maior prazer em mostrar o nome da nossa cidade», diz a coordenadora do grupo, Sônia Maria Mendes. Lacres de lata viram moda Com seis anos de existência, a cooperativa La:cre faz arte com o anel e o fundo de latas de alumínio. Mulheres do Riacho Fundo II, Recanto das Emas e Santo Antônio do Descoberto trabalham nos últimos detalhes para o debut no encontro de moda. Barbante cru e linha de crochê unem os lacres para formar bolsas, cintos, braceletes, sandálias, tiaras de cabelo e gargantilhas. Os acessórios serão completados por vestidos e batas criadas por Ronaldo Fraga com um tecido que leva papel em sua composição. Embora já exportem suas peças para os Estados Unidos, as artesãs esperam que essa seja uma oportunidade para conquistar o mercado interno. Mas nem só de reciclagem vai se resumir as apresentações das cooperativas no BFF. A estilista Icléa Coutinho, que vem desenvolvendo um trabalho de valorização da renda no litoral do Nordeste com centenas de artesãs, vai mostrar que renda renascença, filé e labirinto podem compor mais do que capas de almofadas e toalhas de mesa. Sua última coleção, mostrada no BFF 3 em parceria com a cooperativa Etnia das Artes, misturou o linho à renda renascença, sob o tema «Literatura de Cordel» e foi aplaudida de pé. Desta vez, ela se apresenta «Linhas que traçam renda» traz inspiração nas melindrosas dos anos 20, com vestidos, pantalonas e blusas românticas. «Fizemos um trocadilho, pois renda tanto é o tecido, como o dinheiro gerado por este trabalho», afirma a estilista formada pelo Fashion Institute of Technology, de Nova Iorque. Ao lado da renda, figuram tecidos confortáveis, como cambraia de linho e filó de algodão, em tons pastéis (verde, rosa e azul), além de branco e preto. Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/v2/busca/index.php?sessao=3&ver=1&noticia=1516

Artesanato em alta no Paranoá

Rede de artesanato e cultura, a Paranoarte foi criada com o objetivo de oferecer um meio de geração de renda e inclusão social a moradores do Paranoá. Tudo começou em 2002 quando um grupo de terapeutas comunitários observou que muitas mulheres da região sabiam bordar e fazer crochê, entre outras habilidades artesanais. “O trabalho era tão bom, que até hoje está dando certo”, conta Aida Rodrigues, terapeuta comunitária e assistente social, que reuniu e organizou o grupo.

Hoje, a Paranoarte está presente em várias cidades-satélites do Distrito Federal, com um total de 200 participantes. Além de trabalho, a comunidade conta com terapia comunitária para melhorar a auto-estima e confiança na cidade onde mora e valorizar a cultura local. A associação oferece ainda uma unidade de comunicação e multimídia para jovens que estão em situação de risco social.

Segundo Aida, no projeto, 95% dos integrantes são mulheres e boa parte delas vive apenas da renda gerada por meio da associação. “O DF é muito rico em artesanato, então, elas têm dificuldade em fazer a produção e ter certeza que será revertida em venda”, conta. As artesãs vendem seus produtos dentro da própria comunidade e também recebem apoio da Feira da Lua, que sempre expõe as peças.

Os produtos são feitos com bordados de fita, crochê, tricô, amarradinhos de tapetes (carro-chefe da associação) e peças com materiais reciclados. Para o Brasília Fashion Festival, que termina hoje, as mulheres prepararam bolsas feitas de tecelagens com jornal, roupas de tecelagens com banners e sapatos de crochês a partir de banners. A coleção é toda inspirada na bossa nova e, no desfile, elas optaram por modelos com maquiagem bem leve e cabelos inspirados nos anos 60.

Para o BFF, as artesãs passaram por todo um processo de consultoria com Ronaldo Fraga. Mas, fora dos desfiles, todas as encomendas que recebem são passadas diretamente para a comunidade e as mulheres têm a liberdade de dividirem entre si os pedidos. A capacitação para o trabalho veio de um curso do Ministério da Ciência e Tecnologia e, em breve, elas pretendem participar de aulas de modelagem e de costura.

Paranoarte - Trilha BFFFunction!

A Paranoarte – A Organização Não-Governamental Rede Solidária de Artesanato e Cultura Popular Paranoarte reúne mais de 200 mulheres que vivem em cidades do DF e Entorno. O trabalho social voluntário tem como foco o desenvolvimento das comunidades, capacitação e produção artesanal com resíduos têxteis e materiais recicláveis, valorizando o artesão, o meio ambiente e a cultura popular.

A Paranoarte apresenta a coleção em tecelagem (bege e cru) e tiras de banner (carro chefe da cooperativa), bolsas, sandálias, acessórios. Tons suaves, shapping 60’s atualizado para os dias de hoje, suavidade.

A trilha utiliza o grupo Bossacucanova, que recorta, mistura, remixa e atualiza a bossa nova. Herdeiros (até literalmente, já que um dos bossacucas é filho do Roberto Menescal) do espírito carioca da bossa, traduzem para os dias de hoje a idéia de uma tarde alegre em Ipanema, gente saudável e feliz vivendo a vida.

Ficha Técnica: Musica / Álbum / Artista convidado / Composição / Gravadora

Bom Dia Rio (Posto 6) / Uma Batida Diferente / Roberto Menescal e Cris Delanno / Bossacucanova e Nelson Motta / Six Degrees

Feitinha pro Poeta / Uma batida diferente / Roberto Menescal / Lula Freire e Baden Powell / Six Degrees Onde Anda Meu Amor / Uma batida diferente / Orlan Divo e Cris Delanno / Orlan Divo e Ferreira / Six Degrees

Rio / Bossacucanova e Roberto Menescal – Brasilidade / Bôscoli e Roberto Menescal / Roberto Menescal / Ziriguiboom

Só Danço Samba / BossaCucaNova: Revisited Classics / Os Cariocas / Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Morais / Ziriguidum Discos

Vai Levando / Uma Batida Diferente / Trio Mocotó / Chico Buarque de Holanda e Caetano Veloso / Six Degrees

icon for podpress Paranoarte - Trilha BFF V [13:44m]: Hide Player | Play in Popup | Download

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Reaproveitamento de materiais dá tônica de coleção experimental de artesãs

Do Site www.finissimo.com.br Por Thales Sabino - Editor-chefe

Com orientação do estilista mineiro Ronaldo Fraga a cooperativa de artesãs Paranoarte levou um desfile experimental ao primeiro dia BFF. Sim, experimental. As roupas não são vendidas – por mais que tenham cara de confortáveis, as vestimentas sequer passaram por testes de lavagem ou mesmo de calor. Não dá para saber o que aconteceria se fossem molhadas, por exemplo.

Clique para ver o vídeo do desfile:

.As formas são amplas, soltas. A cartela tem como base o algodão natual.

O design é interessante, mas a proposta das artesãs, que declaram não ganharem dinheiro com moda, é despertar atenção de estilistas e decoradores para o uso da tecelagem de fios de algodão com materiais reciclados, como banners de lona ou rolinhos de jornal.

O desfile envolveu diversos núcleos: um em Pirenópolis, que teceu manualmente no tear fios de algodão com tiras de banners que vão de 3 milímetros a 1,5 cm de largura. Outro grupo se encarregou da confecção das bolsas, também com material reciclado (jornal). Um terceiro grupo fez as sandálias – que misturam crochê com trançado de banners.

Parceira da marca no desfile, a designer de bijuterias Thaís Joy, da Tupano, fez pulseiras com tubos de PVC cobertas com diversos materiais. Mas em vez dos braços, elas acabaram nas cabeças, prendendo o rabo de cavalo dascmodelos. Idéia de Ronaldo Fraga, que desenhou a metade da coleção – as artesãs desdobraram os demais looks.

Fotos: Vitor Schietti

Fonte Fonte: http://www.finissimo.com.br/desfiles/2008-11-09/

Desfile Paranoarte

O desfile final da primeira noite do Brasília Fashion Festival V reluziu. Além do trabalho cuidadoso das artesãs da cooperativa Paranoarte, o motivo de tanto brilho foi o material ecologicamente correto que utilizaram: pedaços de banners. Isso mesmo, o plástico que é usado para fazer peças publicitárias é reutilizado pelas mulheres da associação que moram no Paranoá, Varjão e Estrutural. Impossível não registrar a surpresa dos convidados ao perceberem que o que emprestava brilho, cor e traços geométricos às peças beges tratava-se dos materiais reciclados. As 15 peças que desfilaram mostraram um trabalho influenciado pelo frescor da bossa nova: vestidos, shorts, blusas e macacões feitos em tecido algodão entremeado pelas tiras de banners. Além das bolsas e sandálias que completavam o look verão leve, tudo embalado pelo melhor ritmo bossa nova. Fonte: http://www.brasiliafashionfestival.com.br/bff2009/news.php?idBFFNews=58

Começa o Brasília Fashion Festival

Em sua quinta edição, o Brasília Fashion Festival, evento de moda, música cultura e comportamento, que este ano veio com o tema "A Bossa é Nossa", foi aberto oficialmente na tarde desta setxa-feira (14), no Brasília Alvorada Hotel (antigo Blue Tree), durante solenidade que contou com as presenças do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda e da primeira-dama, Flávia Arruda.
Além do governador e esposa, também estiveram presentes na tarde de abertura, o vice-governador do DF, Paulo Octávio e sua esposa, Anna Christina Kubistchek, presidente do Memorial JK. O Secretário de Trabalho do DF, Robson Rodovalho e a deputada distrital, Eliana Pedrosa, também marcaram presença na tarde. Organizadora do BFF, Paula Santana ressaltou a responsabilidade da moda em atuar como inclusora social. Em seu discurso, a jornalista afirmou que artesanato associado ao design transforma-se em uma obra de arte, ajudando no resgate da dignidade e no sustento dos artesãos. "Nosso evento está atingindo a maturidade. Depois de três anos, começamos a ganhar uma estrutura que não é física, e sim de comprometimento com o trabalho social, que propusemos fazer. O BFF enxerga a moda como uma inclusora social e as pessoas precisam entender que um produto que nasce das mãos de mulheres de baixa renda, não precisa ser apresentado de maneira simples. O artesanato precisa se glamourizar para ter o espaço que merece", afirmou Paula. Na seqüência da abertura que também contou com a presença de jornalistas, estilistas, convidados e formadores de opinião, foram apresentadas na passarela, as coleções inéditas de Martha Medeiros, Isabela Capeto, Ludovika, Maria Araújo e Mãos que Criam, Fabíola Alves, Efigênia Costa, Andrea Monteiro e da Paranoarte. E no intervalo dos desfiles, foram lançados um calendário de Athos Bulcão, em edição limitada e o livro do fotógrafo Thomaz Farkas, do acervo da Brasil Telecom, um dos patrocinadores do evento. O encerramento do primeiro dia do BFF, ficou por conta do cantor Rogério Midlej que apresentou um show de Bossa Nova para os convidados presentes. Para este sábado, estão previstos os desfiles, a partir das 15h30, de Fernanda Ferrugem, Léo Alves e Fernanda Neves, além de Cris Barros, Nagelamaria e Neon e Um.

Comércio Justo pela mão de mulheres empreendedoras

O que têm em comum Aurélia Rodrigues e Mariana Ferreira? São ambas mulheres empreendedoras, que trabalham em prol do desenvolvimento local das comunidades onde vivem, promovendo princípios justos nas suas actividades. Mariana Ferreira é a grande dinamizadora da Artissal, uma ONG guineense que tem como áreas de intervenção a salvaguarda do património cultural bem como apoiar a comunidade local. A Artissal divulga e promove a tecelagem tradicional do país, feita maioritariamente por homens, pertencentes à etnia papel. O sucesso da actividade levou já os produtos da Artissal ao circuito do Comércio Justo (CJ). Aurélia Rodrigues trabalha na Fundação Haburas, uma ONG timorense criada em 1999 por um conjunto de pessoas preocupadas em trabalhar na minimização dos impactos ambientais que 24 anos de ocupação indonésia deixaram em Timor-leste. Actuam na educação sobre o meio-ambiente, na reflexão e elaboração de propostas políticas e na intervenção directa junto das comunidades, promovendo formas de gestão sustentável dos recursos naturais. Ambas estarão presentes na 2ª edição do Encontro Nacional de Clubes de Comércio Justo (2ºENCCJ), uma iniciativa pedagógica que pretende reforçar o conhecimento entre vários alunos de Clubes de CJ nacionais, aprofundar conceitos e princípios sobre o tema e incentivar o compromisso dos participantes em continuar a ser parte activa neste processo. A edição deste ano conta ainda com a presença de Rafael Cezimbra, da COOPEALNOR, uma Cooperativa produtora de sumos ‘justos’ e Hugo Roegiers, da Oxfam Magasins du Monde, numa tentativa de conhecer melhor o circuito do CJ desde o produtor até ao consumidor. A iniciativa decorre já no próximo dia 12 de Novembro, no Seminário de Vilar, no Porto e espera-se que reúna cerca de 100 participantes, entre alunos de várias escolas do país, professores e animadoras dos Clubes de Comércio Justo. Os CCJ foram criados em Portugal no âmbito do Projecto ‘Comércio Justo: Interdependência Sul/Norte’ organizado pelo IMVF – Instituto Marquês de Valle Flôr em parceria com que o CIDAC, as Associações Cores do Globo e Reviravolta e as Cooperativas Mó de Vida e Planeta Sul. Fonte: http://www.orio.pt/modules/news/article.php?storyid=3287

Comércio Justo discutido no Porto - Portugal, com representantes de vários países

Representantes de vários países estão presentes num encontro nacional sobre Comércio Justo, no Porto. Esta forma de comércio respeita os Direitos Humanos e já permitiu a recuperação de algumas tradições quase extintas.

Representantes de vários países marcaram presença, no Porto, no II Encontro Nacional de Comércio Justo, num encontro se falou de uma forma diferente de comércio que tem a preocupação de ajudar os mais carenciados.

Todo o dinheiro facturado pelas lojas que usam este tipo de comércio reverte a favor da comunidade, sendo que todos os artigos vendidos têm de respeitar os direitos humanos e o ambiente, explicou uma das organizadoras deste encontro.

«O respeito pelo meio ambiente e termos a certeza de que o produto que chegou às mesas não foi feito com base na exploração do trabalho infantil e que as mulheres que participaram receberam um salário justo igual ao dos homens», referiu Ana Castanheiro.

O Comércio Justo, que movfimento 90 milhões de euros anuais, permitiu também a recuperação de tradições quase perdidas como a tradição dos artesãos da tecelagem da Guiné-Bissau, que ganharam uma nova vida com a introdução deste tipo de comércio.

«Estas pessoas vivem exclusivamente deste trabalho e estão capacitadas a assegurar as despesas da família. Os filhos deles estão todos na escola», explicou Marina Ferreira, da Artisal, uma associação de tecelagem tradicional.

O representante do Brasil neste encontro trabalha com produtores de fruta e vendem sumos de laranja e maracujá para o mercado europeu, num país em que foram criados vários projectos no âmbito desta forma de comércio.

A comunidade decide depois sobre o destino de parte do dinheiro conseguido com estes projectos e que poderá ir por exemplo para o apoio a creches ou uma organização de apoio de crianças e adolescentes, que poderão necessitar de algum tipo de produtos.

«Apoiar um grupo de mulheres que quer fazer um pequeno projecto de corte e costura de capacitação» poderá ser outra opção para este dinheiro, acrescentou Rafael Sesimbra.

Em Portugal, há dez lojas de comércio justo e a partir de 15 de Novembro começam a ser feitas feiras de Natal.

Fonte: http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1042890

Aberta a Teia 2008, o encontro maior dos Pontos de Cultura

A diversidade cultural das cinco regiões do Brasil tem espaço na Teia Brasília 2008 — Direito Humanos: Iguais na Diferença. Até o próximo domingo (16), o encontro ocorre em diversos espaços da capital federal, reunindo representantes da sociedade brasileira para discutir políticas públicas.
Participantes da Teia Brasília 2008

Na cerimônia de abertura oficial, realizada na noite desta quinta-feira (13), na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro, o ministro interino da Cultura, Alfredo Manevy, declarou que o encontro da Teia é o momento mais importante de discussão e celebração da agenda dos Pontos de Cultura realizada no Planalto Central.

“A ocupação de Brasília pelos Pontos de Cultura carrega um simbolismo especial que significa a presença da política institucional e uma presença nova dos grupos socioculturais brasileiros na agenda social do país”, diz Manevy.

Segundo ele, serão dois dias de discussões em torno de agendas essenciais para a política cultural brasileira. “O grande legado do ministro Gilberto Gil foi ter deixado um ministério à altura da afirmação da cultura como direito, como direito universal — um orçamento à altura das necessidades culturais do país e a cultura como demanda de todos os brasileiros.”

Ele lembrou que essa afirmação é retratada nos Pontos de Cultura. “Talvez o seu programa mais significativo e mais sintomático, porque os Pontos de Cultura já existiam e foi a gestão atual que reconheceu essa imensa gama de experiências na sociedade brasileira, que já estavam presentes no Brasil, trabalhando, construindo nas suas comunidades, realizando seus cineclubes, realizando seus processos de arte e educação, em periferias, favelas e pequenas cidades”.

Para o ministro interino, o que o Ministério da Cultura (MinC) fez foi reconhecer e apoiar as iniciativas espalhadas pelo país para que cumpra um papel estratégico no desenvolvimento do país. “Esse momento é importante porque discutimos a reforma da Lei Rouanet, principal mecanismo de financiamento à cultura, que não permitiu, nos 20 anos de existência, que pudéssemos transformar os baixos indicadores de acesso à leitura, de acesso à biblioteca, de acesso a centros culturais”.

A legislação — diz Manevy — “não foi capaz de alterar esse quadro. Então estamos propondo uma reforma da legislação, para criarmos um fundo para a cultura brasileira capaz de dar conta de todas as demandas e necessidades da população, no plano cultural”.

Igualdade Social

Para o ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, o conceito que se tem hoje de igualdade está em descompasso com a realidade do Brasil. “A pessoa que ganha o seu primeiro computador aos cincos anos não tem as mesmas oportunidades daquele que só conhece informática aos 16. Queremos igualdade no ponto de partida”, enfatizou.

Vannuchi ressaltou que as ações promovidas pelo MinC, com os Pontos de Cultura, significa o início da recuperação do fortalecimento da cultura popular brasileira. “Isso é reflexo das políticas públicas retomadas e formuladas por esse governo”.

Já o secretário de Cultura do Distrito Federal, Silvestre Gorgulho, pediu a democratização das leis de incentivo. “Os produtores culturais de Brasília, do Piauí, do Macapá, do Nordeste precisam ter o mesmo acesso à Lei Rouanet que tem os produtores do Rio de Janeiro e de São Paulo”. Mas Mãe Lúcia de Oyá, do Ponto de Cultura Côco de Umbigada, faz um contraponto: “Quando foi que alguém pensou, que o povo lá dá ponta, bem lá dá ponta, os terreiros de Candomblé, pudessem um dia estar em pé de igualdade dentro de uma Teia?”.

Também participaram do evento o secretário de Programas e Projetos Culturais do MinC, Célio Turino, e o novo presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Sérgio Mamberti.

Programação

Neste sábado (15), será realizado o Cortejo Cultural dos Pontos de Cultura, como parte integrante das comemorações do dia da Proclamação da República. A caminhada sairá do Museu Nacional da República, a partir das 15 horas, e irá até a Praça dos Três Poderes. A idéia dos organizadores é levar para a rua uma mostra da imensa diversidade da cultura brasileira, apresentando durante o trajeto do cortejo, manifestações culturais dos diferentes estados do país.

Consta ainda da programação da Teia Brasília 2008 a realização da expressão mais legítima e organizada deste movimento — o 2º Fórum Nacional dos Pontos de Cultura (II FNPC), que começou na quarta-feira (12), com a participação de mais de 600 delegados, vindos de todas as regiões do país. As atividades prosseguem até esta sexta-feira, dia 14, no auditório do Museu Nacional da República, na Esplanada dos Ministérios.

Fonte: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=46738

Terapia comunitária ajuda grupo a superar problemas afetivos

Por Marici Capitelli

São Paulo, 13 (AE) - Não é um grupo de auto-ajuda. Muito menos uma sessão de psicoterapia. Também não se trata de análise freudiana. Mas é um espaço onde, juntas, pessoas de todas as classes sociais colocam para fora suas dores e medos. É a Terapia Comunitária (TC), usada para dar suporte ao sofrimentos do dia-a-dia.

E quais são os sofrimentos do dia-a-dia? "A TC é um espaço para discutir o que aflige as pessoas, tirando o sono delas e doendo na alma. É compartilhar com os outros situações que achamos que são só nossas. Através do outro, podemos nos ver", diz a enfermeira Vania de Carvalho Ferreira, uma das coordenadoras da TC do Hospital Geral de São Mateus, zona leste de São Paulo, único que oferece o serviço na capital paulista.

Criada há 20 anos na Favela Pirambu, em Fortaleza, no Ceará, a técnica já é adotada pelo Ministério da Saúde em sua rede primária de atendimento. A intenção é incluí-la no Sistema Único de Saúde (SUS). Para isso, 1.100 profissionais estão sendo capacitados como mediadores, em 30 núcleos no País.

Os participantes da TC são médicos, moradores da comunidade, enfermeiros, pacientes e acompanhantes. Participa quem quiser. Também se pode cantar, declamar poesias, contar piadas e dizer provérbios. Desde que tenham relação com o tema da sessão. Semana passada, em uma das reuniões, uma participante começou a chorar. Alguém se pôs a cantar : "Encoste a sua cabecinha no meu ombro e chora e conte suas mágoas todas para mim...". A sala virou uma cantoria.

Mas com tanta gente na TC (há grupos com até 60 pessoas), é necessário respeitar algumas regras. Entre elas está não dar sermão ou conselhos aos colegas de terapia. Carmen De Simoni, médica sanitarista e coordenadora da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Ministério da Saúde, diz que a proposta é diferente das terapias convencionais. "A TC não se propõe a fazer intervenção terapêutica, e sim a dar suporte a um grupo social."

A experiência de dois anos na TC no hospital, segundo Vania, mostra que os assuntos mais discutidos são as perdas afetivas. O segundo tema que mais aparece são os medos, entre eles o de perder o emprego ou não dar conta de criar os filhos, além de problemas com álcool.

Em São Mateus, a sala de TC, de tons rosa e lilás, funciona em frente ao necrotério. Mas em alguns dias a terapia é realizada na sala de espera do ultra-som ou no meio das clínicas médicas. Pouco antes do início do trabalho, todo mundo que está no local é convidado a participar.

De maneira democrática é escolhido o tema da sessão. Algumas pessoas falam sobre o que as está afligindo e há uma votação. No último encontro no hospital, o grupo decidiu discutir o medo de uma mãe de que o filho de 22 anos, que sofreu um acidente, não consiga retomar sua rotina diária por causa de seqüelas. A mulher falou de suas angústias. Os colegas fizeram perguntas que a fizeram refletir. Muitos contaram histórias semelhantes que enfrentaram.

"Não conseguia discutir esses medos com minha família. Consegui aqui. Estou leve e acredito na minha capacidade de lidar com o problema", disse Marilza Parizotto, 44 anos, a que chorou na sessão.

Site Yahoo

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/13112008/25/entretenimento-terapia-comunitaria-ajuda-grupo-superar.html

Mãos que Criam

Associação de produtos artesanais da Estrutural gera renda para centenas de moradores da região com habilidades diversas. Mãos que criam é uma associação da Estrutural, formada por 270 artesãos, que produzem artigos diversificados, como peças em biscuit, suporte de jornal para plantas, panos de prato bordados, bolsas de garrafas plásticas, roupas, acessórios e até arranjos florais de borracha. O projeto começou há sete anos com apenas 25 mulheres, que viram a oportunidade de sustentar as próprias casas com a renda gerada pelo trabalho manual. Com muita dedicação e força de vontade, as empreendedoras conseguiram apoio do Sebrae e da Secretaria de Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia, o que impulsionou a iniciativa. A presidente da associação, Sônia Mendes, ainda lembra como tudo começou. Ela conta que, primeiro, pediu dinheiro emprestado para abrir um mercadinho em sociedade com seu irmão. No entanto, não se sentia satisfeita, pois sua grande paixão sempre foi o artesanato. Sônia precisou ser questionada por uma amiga – que queria saber por que ela não abria uma associação de artesanato, já que levava jeito para o negócio – para tomar coragem e visualizar novas perspectivas. Ela pensou bastante, até que resolveu fundar a associação. A empreendedora convocou algumas mulheres da Estrutural e, na primeira reunião, descobriu que a cidade chegou a ter uma associação, que havia se desmembrado devido a problemas sociais enfrentados pela comunidade. Sônia não desanimou e convidou todos os ex-associados a retornarem ao trabalho, só que, dessa vez, para uma nova associação liderada por ela. O primeiro nome, Associação de Costureiras e Artesãos da Estrutural (Acae), incomodava Sônia porque era pouco chamativo. O segundo, Mãos que criam, bem melhor, na opinião dela, teve uma certa resistência no início, mas depois recebeu apoio geral. Outra estratégia de marketing utilizada por ela foi a realização de uma exposição para apresentar o trabalho desenvolvido pelo grupo e mostrar, principalmente, que, na cidade onde mora, não existe apenas violência. O apoio para o evento veio do Projeto Providência e a iniciativa movimentou o mercado e os profissionais obtiveram reconhecimento. A equipe Mãos que criam é composta, em sua maioria, por mulheres, mas os homens também participam. Os artesãos cadastrados podem fazer do trabalho manual sua fonte de renda principal ou complementar. Toda a produção é realizada sob encomenda e os pedidos já não são poucos. Alguns dos bons contratos são estabelecidos com floriculturas, para a fabricação de suportes para plantas feitos com jornais. E a mais recente motivação veio da conquista do patrocínio da Petrobras. “Acredito que muita coisa vai melhorar. Enviamos um projeto para o concurso que eles promoveram e ganhamos. Agora, temos o patrocínio”, comemora Sônia. Além disso, a associação foi beneficiada pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, com uma área para a construção do novo galpão. “Isso faz parte do reconhecimento do nosso trabalho, é tudo muito gratificante”, conta a presidente. Sônia também orgulha-se dos vários equipamentos que os associados conseguiram, comprando, aos poucos, com o lucro do trabalho, e lembra-se que, no começo, a associação tinha apenas uma mesa. E a história não pára por aí. Pela quarta vez, a Mãos que criam participa de semana de moda da cidade e Sônia já prevê o sucesso e o aumento das encomendas. “Depois dos desfiles é melhor ainda, as pessoas sempre procuram nossas peças”, finaliza. (Com a colaboração da estagiária Kamila Farias) Fonte: http://www.comuniweb.com.br/?idpaginas=20&idmaterias=377837

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

BFF V - Desfile Paranoarte

Convite desfile Paranoarte Alto Verão 2009 - 14 de novembro às 21 horas - Brasília Fashion Festival

Queridos Amigos,

A ONG PARANOARTE, da qual faço parte, faz um trabalho de inclusão social com artesãs do DF e entorno. A PARANOARTE mais uma vez vai desfilar no

BFF – Brasília Fashion Festival lançando a coleção alto verão 2009.

Gostaria de convidá-los para o desfile.

Se houver interesse mande o seu nome e de seus convidados para que eu deixe numa listagem na entrada do evento ou se preferir entre em contato comigo por telefone ou email pois o convite para a sala de desfile é individual.

Desfile: PARANOARTE

Local: Brasília Alvorada Hotel (antigo Blue Tree)

Dia: 14/11/2008 (sexta-feira)

Horário: 21 hs

Espero todos por lá!!!

Equipe Paranoarte 9983-3468

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Ronaldo Fraga dá rasante em Brasília

O renomado estilista mineiro Ronaldo Fraga fez uma passagem meteórica por Brasília durante o dia de hoje, quarta-feira. Ronaldo, que há três edições é consultor do BFF, veio conferir os detalhes finais das coleções das artesãs dos projetos Paranoarte, Mãos que Criam e LA:CRE.  Gostou do que viu, mas, infelizmente, não poderá estar presente nos desfiles. Já tinha compromisso agendado antes de a data do evento ser confirmada. Vai fazer falta, mas será bem representado por suas pupilas do módulo artesania.

sábado, 8 de novembro de 2008

Orientada por Ronaldo Fraga, Paranoarte prepara coleção sustentável para o Brasília Fashion Festival

Do Site WWW.FINISSIMO.COM.BR Gabriela Rocha Repórter Fotos: Gabriela Rocha e divulgação

Daniela Aguiar e Helenice Bastos

Há cinco anos a ONG Paranoarte trabalha em prol de mulheres carentes do Paranoá e de outras regiões administrativas do DF. O grupo de artesãs iniciou o trabalho durante encontros de terapia comunitária. Com o apoio de Aida Souza, coordenadora geral da ONG, as mulheres se organizaram e desde primeira edição do BFF, em 2006, apresentam suas coleções.

Mesmo com tanta experiência no evento o grupo ainda não tem um bom retorno comercial da produção. “Temos quer ser realistas, as vendas não são boas. Fazemos alguns contatos, mas acabamos vendendo o varejinho mesmo, uma peça ou outra para os conhecidos. A visibilidade durante o evento é muito boa, mas nós ainda não conseguimos comercializar depois”, conta Helenice Bastos, uma das coordenadoras da Paranoarte, que tem a expectativa de que a partir desta temporada os negócios sejam mais prósperos.

Atualmente a Paranoarte não tem nenhum ponto de venda na cidade. “Sabemos que em apenas quatro anos é muito difícil firmar uma marca no mercado. Mas, é complicado brigar com a cultura brasiliense. As pessoas não têm o hábito de valorizar e consumir os produtos produzidos aqui”, completa Helenice.

O grupo ainda detecta uma imaturidade no foco de moda da ONG. Daniela Aguiar, que coordena os grupos de artesãs diz que a Paranoarte luta para criar uma identidade. “Hoje, levamos à passarela uma coleção que mostra o trabalho de capacitação artesanal que fazemos o ano inteiro. Não temos a pretensão de lançar tendências e conceitos.”

: : Verão 2009

Mesmo com as dificuldades a Paranoarte luta e tenta inovar com a utilização de materiais sustentáveis e reaproveitados. Para a coleção de verão a ONG se inspirou na Bossa Nova, tema do BFF, para criar peças suaves e frescas. Para trazer a suavidade das notas de João Gilberto as peças serão todas em tons pastéis de rosa, verde e bege.

As roupas, que foram desenhadas pelo estilista e orientador do evento Ronaldo Fraga serão soltinhas e não marcam muito o corpo. Vestidos, blusas e saias serão feitos a partir de uma técnica desenvolvida pelo grupo para o aproveitamento de banners que seriam descartados. Além desse material elas utilizam o barbante cru e o fio de algodão entremeado em crochê. Os acessórios, bolsas e sapatos serão produzidos com o banner e papel jornal.

: : Ficha técnica

Criação: Ronaldo Fraga, com coordenação de Daniela Aguiar e Helenice Bastos Styling: Fabrício Vianna Cenografia: a definir Trilha sonora: Hugo Siqueira Cabelo e maquiagem: a definir

Fonte: http://finissimo.com.br/radar/2008-11-08/

ATENÇÃO PRIMÁRIA: MINISTÉRIO DA SAÚDE TREINA PROFISSIONAIS PARA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

Um advogado recém-formado, chamado Airton Barreto, decidiu viver e lutar pelos direitos humanos dos moradores de uma favela chamada Pirambu, em Fortaleza. Ao chegar lá para ajudar aquela população começou a perceber que muitas das demandas não eram apenas jurídicas, mas problemas de todo tipo, relacionamentos, álcool e outros. Esses indivíduos eram encaminhados para Adalberto Barreto, psiquiatra e irmão de Ailton, que trabalhava na Universidade Federal do Ceará. Como Adalberto não tinha condição de atender a todos, foram criados grupos, mas ao invés de levá-los a universidade, Adalberto foi lá ver de perto e estar junto da comunidade. Foi assim, há 20 anos, que surgiu a Terapia Comunitária (TC), experiência que está sendo adotada na atenção primária pelo Ministério da Saúde. Por meio de convênio entre o Ministério da Saúde e Universidade Federal do Ceará serão capacitados 1,1 mil profissionais das Equipes Saúde da Família até março de 2009. O Projeto de Implantação da Terapia Comunitária na Rede de Assistência à Saúde do SUS pretende desenvolver, ainda em 2008, nos profissionais da área da saúde as competências necessárias para promover as redes de apoio social na Atenção Básica. A proposta prevê a preparação dos profissionais para lidar com os sofrimentos e demandas psicossociais, de forma a ampliar a resolutividade desse nível de atenção. O sofrimento pode preceder ou acompanhar uma patologia. O curso de capacitação profissional será composto por 360 horas/aula, estão previstas 15 turmas com 70 profissionais de saúde, distribuídas nas cinco regiões brasileiras. Preferencialmente, com participação de agentes comunitários de saúde atuantes em municípios que apresentem, no mínimo, 70% de cobertura da estratégia Saúde da Família. PELO BRASIL – Hoje em dia, a TC está presente nas 27 unidades da federação. Ao todo, são 30 pólos formadores, que já treinaram 11,5 mil terapeutas comunitários. No Pólo Quatro Varas, são atendidos, em média, três mil pacientes por mês. A terapia, conduzida por um facilitador, acontece semanalmente em encontros de duas horas. A cada reunião, um problema é eleito para ser discutido. São valorizadas as histórias de vida dos participantes, o resgate da identidade, a restauração da auto-estima e da confiança em si, a ampliação da percepção dos problemas e possibilidades de resolução. “Procura-se promover a saúde em espaços coletivos e deixar que a patologia seja tratada individualmente pelos especialistas. A prática tem demonstrado ser um instrumento valioso de intervenção psicossocial na saúde pública; um espaço de acolhimento, de escuta, palavra e vínculo”, explica Adalberto. Das situações-problema discutidas no pólo Quatro Varas de Fortaleza, por exemplo, 88,5% foram resolvidas nas TC e apenas 11,5% necessitou de encaminhamento para a Atenção Básica/Saúde da Família. Adalberto Barreto, criador da terapia, chama a atenção para a ampliação do vínculo de apoio social que seus participantes passaram a contar: “um terço das pessoas aumentou a sua rede de apoio para serem acompanhadas aos serviços de saúde”. METODOLOGIA DA TERAPIA - A situação-problema é apresentada por alguém e escolhida pelo grupo. O facilitador procura estimular e favorecer a partilha de experiências possibilitando a construção de redes de apoio social. Uma pergunta desencadeia a reflexão: “Quem já viveu algo parecido e o que fez para resolver?”. Assim, a comunidade descobre que ela tem problemas, mas também tem as soluções. E aos poucos, vai se descobrindo que a superação não é obra particular de um indivíduo ou de um terapeuta, mas é da coletividade. Durante a terapia, não se pode dar conselhos ou sermões e, se necessário, interromper a narrativa da história com músicas, anedotas ou mesmo perguntas. Temas mais freqüentes levados para a Terapia Comunitária -Estresse e emoções negativas 26% -Conflitos familiares 19,7% -Dependências: álcool e outras drogas 11,7% -Questões ligadas ao trabalho 9,6% -Trabalho 9,6% -Depressão 9,3% -Fraturas dos vínculos sociais (Abandono, discriminação) -Violência 6% -Conflitos 3,6% -Outros 5,3% Fonte: Ministério da Saúde http://www.agenciaaids.com.br/noticias-resultado.asp?Codigo=10831

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Cara e Cultura Negra movimenta o Teatro Nacional

Sérgio Maggio Do Correio Braziliense
Na mostra Corações da África, oito fotógrafos exibem trabalhos inéditos

Eita negro! Quem foi que disse que a gente não é gente? Quem foi esse demente, se tem olhos não vê... Menino negro, nascido no bairro de São José, no Recife, filho do sapateiro Manuel Abílio e da quituteira Merença, Solano Trindade, usou a poética como trincheira contra o preconceito do Brasil que conheceu no século 20, de forte ranço escravocrata e com um fio de oportunidade para os herdeiros da senzala. Celebrado como o Poeta da Resistência, completaria 100 anos de vida em 2008. A partir de hoje, o elitista Teatro Nacional Cláudio Santoro é dele, ou melhor, do povo afro-descendente. O projeto Cara e Cultura Negra espalha-se pela casa de espetáculos mais importante da capital federal. — Vamos ocupar o foyer com 200 painéis para contar a história da África e dos africanos que foram trazidos ao país. Vamos saudar não só a África Negra, mas a Setentrional (Egito, Marrocos), falar das atuais políticas públicas e afirmativas (as cotas, a Lei Maria da Penha), enumerar as influências da comida, na língua, na cultura, na arquitetura e homenagear alguns negros de expressão (Machado de Assis, Tia Ciata), conta Flávia Portela, coordenadora da mostra e prefeita do Conic, orgulhosamente, o pedaço mais negro do Plano Piloto. Até o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, Brasília, como legítima capital do país de população majoritariamente de afro-descendentes, assume-se como uma cidade de "cor" matriz do povo brasileiro. Mostras de fotografias, shows, desfiles de moda, gastronomia, espetáculos de dança, teatro e palestras querem chamar a atenção da população para a importância da cultura afro-brasileira no cotidiano. — Esse projeto nasceu no processo de requalificação do Conic. A idéia é questionar a falta de conhecimento do brasileiro sobre a cultura negra, já que o ensino é falho e a abordagem, completamente equivocada. Queremos falar da nossa origem e discutir essa abolição inconclusa, que completa 120 anos em 2008, analisa Flávia Portela. O público, por exemplo, pode voltar os olhos ao continente africano, esquecido e apagado do mapa global pela vigente ordem econômica mundial. Na mostra Corações da África (foyer da Sala Villa-Lobos), oito fotógrafos, a maioria estrangeiros, exibem trabalhos inéditos, alguns sobre etnias da Etiópia e Mali. Uma das séries mais poéticas é a do pesquisador norte-americano Steven Evans, associado ao Centro Internacional de Estudos Etnográficos, localizado em Atlanta (EUA). Ele chega à cidade para participar do projeto Outro Olhares, a ser lançado na comemoração dos 50 anos de fundação de Brasília, em 2010. — Esses fotógrafos vêm mapear o DF. Vão fotografar das entrequadras às cidades-satélites. São especialistas no registro antropológico da cultura negra, destaca Flávia Portela, que confirma a presença do suíço Marco Paoluzzo, dos holandeses Vincent De Groot, Dos e Bertiel Winkel, do português Rui Palha, dos norte-americanos Boaz Rottem e Steven Evans, da belga Martin Heigan e da catarinense Silvana Leal. Com todas as atividades gratuitas, Cara e Cultura Negra começa oficialmente nesta quarta, às 18h, com a ocupação do foyer e da Sala Villa-Lobos e o mezanino do Teatro Nacional (a mostra fotográfica Travessias femininas: passado e presente). Às 21h, o Balé Folclórico da Bahia sobe ao palco, com ingressos que estão sendo distribuídos há uma semana. — Vamos incensar o foyer com ervas aromáticas e colocar uma trilha de black music, enquanto o espectador segue apreciando o módulo educativo e as mostras fotográficas. Haverá ainda desfile de moda, estandes de produtos de beleza para o negro e um tabuleiro de acarajé da baiana Akini, acrescenta Flávia. Até o dia 20, três grandes shows movimentam o Cara e Cultura Negra. Sexta-feira, talentos da música negra no DF, como Ellen Oléria e Sérgio Magalhães (o sofisticado sambista e pedreiro), encontram-se com grupos como Caiana de Crioulos (PB) e Marabaixo (AP). No sábado, os africanos da Guiné Bissau Petit Mamadi e Fanta Kanatê, que fizeram uma elogiada apresentação, no mês passado, na Caixa Cultural, puxam noite de ritmos com Peu Meurray (BA), Mamour Ba (Senegal) e Babilak Bah (MG). Essas apresentações começam às 19h na área externa do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em espaço batizado como Clementina de Jesus. No Dia da Consciência Negra, o Conic será devidamente ocupado por discotecagem, batalha de rimas, peleja de rap e repente e show de Negra Li.

Fonte: http://divirta-se.correioweb.com.br/materias.htm?materia=5112&secao=Programe-se&data=20081105

domingo, 2 de novembro de 2008

Festival homenageia Cora Coralina com peças, recitais, degustações e outros eventos

Letícia de Souza Do Correio Braziliense.com.br
Poeta goiana Cora Coralina publicou nove livros. O primeiro, aos 76 anos.

Ainda hoje, o biólogo Paulo Bretas Salles se lembra daquele ano de 1974. Aluno da Universidade de Brasília, ele resolveu dar um tempo nos estudos e se mudar para a casa da avó, a poeta goiana Cora Coralina, na Cidade de Goiás. Lá, tinha longas conversas com ela sobre literatura e sentia o perfume dos doces, preparados diariamente em tachos de cobre no fogão a lenha. "Sou mais doceira e cozinheira do que escritora, sendo a culinária a mais nobre de todas as artes: objetiva, concreta, jamais abstrata...", dizia a autora, no poema Cora Coralina, quem é você?, publicado em 1976. "Foi um período de muito aprendizado. Além de vê-la fazendo doces de mamão, figo, laranja, ouvia histórias e conversava com pessoas que a visitavam. A casa tinha portas abertas para todos", recorda-se o neto. Paulo faz parte da Associação Casa de Cora Coralina, criada em 1985 com o objetivo de manter um museu vivo em Goiás e zelar pela preservação da memória e obra da poeta. Uma das ações do grupo é o Festival de Doces e Poesias de Cora Coralina, que movimenta Brasília de hoje a sábado, em diferentes locais. Com entrada franca, o evento reúne filmes, espetáculos teatrais, recitais de poesias, apresentações musicais, feira de livros, artesanato e, claro, degustação de doces. Também busca a inclusão social, por meio de atividades gratuitas para idosos, estudantes de escolas públicas do DF e doação de títulos em comemoração ao Dia Nacional do Livro (hoje). "Queremos homenageá-la da forma como ela gostava: louvando os doces, a poesia, e exaltando o otimismo, a crença na vida", ele explica. Na abertura do festival, hoje, às 19h, no Espaço Cultural Renato Russo, o público poderá assistir ao documentário Cora, doce Coralina, de Armando Lacerda e Vicente Fonseca. Premiado no 19º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em 1986, o curta foi filmado na casa em Goiás e mostra a autora declamando seus poemas. Após a exibição do filme, haverá um recital de poesias com Lilia Diniz e degustação de doces prediletos de Cora. Em seguida, o cantor e compositor Marcelo Barra fará homenagem à escritora. "Ela representa o começo da minha carreira e se tornou parceira", conta o goiano, referindo-se a um clipe de 1981, que contou com a participação da poeta. Marcelo vai cantar Cora Coralina, música de sua autoria; Todas as vidas e Serenata – poemas dela musicados por ele –, além de composições regionais sobre o pequi, o Rio Vermelho e o famoso empadão goiano. Amanhã, o destaque é a peça Flor de beco, do grupo brasiliense Teatro do Inconsciente, apresentada no Sesc de Taguatinga, às 15h. Inspirada na obra de Cora e Monteiro Lobato, a montagem foi construída após três anos de pesquisa sobre a cultura popular do interior do Brasil, especialmente de Goiás e São Paulo. Na sexta, às 20h, será a vez do espetáculo Cora Coralina, coração encarnado, dirigido por Orã Figueiredo. No elenco, Renata Roriz, Rita Elmor e Teresa Seiblitz. Indicada ao prêmio Shell em categoria especial pelo roteiro e pela iniciativa da produção, a peça estreou no Rio de Janeiro em 2006 e passou por São Paulo. No palco do Espaço Cultural Renato Russo, as três atrizes darão voz às personagens de Cora Coralina e entrevistas da poeta, dos 90 aos 95 anos, serão projetadas em um telão. "O roteiro (de Renata Roriz) apresenta três fases. Na primeira, há passagens pela infância de Cora. Depois, as relações com o marido e os filhos e o trabalho. A última é ela pensando na morte, na velhice, relembrando a infância", conta o diretor. Segundo ele, as atrizes não declamam poemas, mas vivem crianças, mulheres operárias, entre outras figuras, e acabam fisgando o espectador. "Isso é mérito de Cora. Ela atinge o coração." Quem foi Cora Nascida em Goiás, em 1889, Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, a Cora Coralina, teve uma trajetória literária peculiar. Apesar de escrever desde menina, seu primeiro livro, Poemas dos becos de Goiás e estórias mais, só foi publicado quando ela tinha 76 anos. Com quase 90, um dos exemplares chegou às mãos do poeta Carlos Drummond de Andrade, que, em crônica do Jornal do Brasil, em dezembro de 1980, disse: "Admiro e amo você como a alguém que vive em estado de graça com a poesia. Seu livro é um encanto, seu verso é água corrente, seu lirismo tem a força e a delicadeza de coisas naturais". A partir daí, Cora recebeu homenagens, como o título de doutora honoris causa pela Universidade Federal de Goiás e o Troféu Juca Pato da União Brasileira de Escritores. Reconhecida como contadora de histórias e coisas de sua terra, ela teve nove livros publicados, entre poemas e contos para adultos e crianças. Morreu em Goiânia, em 10 de abril de 1985. Leia, na íntegra, o poema Cora Coralina, quem é você?

Fonte: http://divirta-se.correioweb.com.br/materias.htm?materia=5035&secao=Programe-se&data=20081029

Congresso sobre inclusão social de deficientes

Primeiro Congresso Muito Especial de Tecnologias Assistivas e Inclusão Social das Pessoas com Deficiência, acontece entre os dias 02 e 05 de dezembro no hotel Rio Othon Palace, no Rio de Janeiro. O congresso, que será gratuito, vai promover debates e palestras com especialistas no tema, além de escutar autoridades, pessoas com deficiência e interessados no assunto. Durante o evento será apresentada uma série de novas tecnologias que podem melhorar muito a vida dessas pessoas com deficiência.

O Congresso é uma iniciativa do Instituto Muito Especial com o apoio do Mistério da Ciência e Tecnologia e visa difundir e estimular o desenvolvimento das Tecnologias Assistivas, apresentando para sociedade as possibilidades tecnológicas disponíveis, que facilitam e contribuem para a ampla inclusão social da pessoa portadoras de deficiência.

"O Congresso buscará aproximar pessoas envolvidas no desenvolvimento das tecnologias assistivas e na luta pelos direitos da pessoa com deficiência, como acadêmicos, empresários, políticos, comunidade científica, médicos, fisioterapeutas, arquitetos, pessoas com deficiência e formadores de opinião. O evento abordará questões inerentes às pessoas com deficiência e a Tecnologia Assistiva, conscientizando a sociedade sobre a forma de lidar com essas pessoas, e de como podem ser incluídas no mercado de trabalho, além de proporcionar independência e a melhoria da qualidade de vida", sintetiza Marcus Scarpa, Presidente do Instituto Muito Especial.

Fonte: http://www.mercadoeeventos.com.br/script/FdgDestaqueTemplate.asp?pStrResolucao=&pStrLink=3,57,0,36910&IndSeguro=0