quinta-feira, 12 de abril de 2012

Artesanato. Oportunidade e trabalho e geração de renda.

Artesanato. Oportunidade e trabalho e geração de renda.


O governo federal já reconheceu a arte como fonte principal de ocupação no país. Por isso, criou o Programa do Artesanato Brasileiro (PAB). Que desde 1995 busca estabelecer ações para potencializar o desenvolvimento do setor artesanal, gerando oportunidades de trabalho e renda, através do aproveitamento das vocações regionais, da preservação das culturas locais e a formação de uma mentalidade empreendedora, por meio da preparação das organizações e dos artesãos para o mercado competitivo.

Através do envolvimento de órgãos das esferas federal, estadual e municipal, além das entidades privadas, o PAB atua na formulação de políticas públicas, que consigam valorizar o artesão brasileiro, elevando seu nível cultural, profissional, social e econômico. Isso é feito na base em quatro macroações: capacitação de artesão e multiplicadores; feiras e eventos para comercialização da produção artesanal; estruturação de núcleos produtivos no segmento e gestão e administração do Programa.

Desde 2004, o PAB está alocado no Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), onde ganhou importância na gestão pública, adquirindo status de Programa Orçamentário na proposta do Plano Plurianual de Investimento.

Além de uma Coordenação Nacional, o Programa é representado em cada uma das 27 unidades da Federação por meio das Coordenações Estaduais do Artesanato. “Nos estados, a pasta nem sempre está ligada à área do Trabalho. Em muitas unidades são de responsabilidade das secretarias de Turismo e da Cultura, em outras, do Desenvolvimento Econômico e Social”, informou a coordenadora Nacional do PAB, Maria Helena Atrasas.

Ela ressalta, ainda, que essas coordenações estaduais são extremamente importantes para o bom funcionamento do PAB, porque são elas que prospectam as demandas dos artesãos em cada unidade e depois decidem, conjuntamente com a coordenação nacional, como e onde os recursos orçamentários disponíveis serão utilizados.

Ações práticas – De forma mais prática, o PAB atua nas frentes de cadastramento, formação do artesão e na área de comercialização. O programa atua nas frentes de cadastramento, formação do artesão e na área de comercialização. O programa ajuda questão de formação de preço, de estoque, de vitrine, além de propiciar, a participação em eventos para criar a ambiência para que o próprio artesão possa comercializar o seu produto. “É importante garantir uma identificação com o artesanato, como um produto local e atendendo as necessidades ambientais. Isso resultará em uma maior valorização do produto”, acrescentou a coordenadora do PAB.

“A idéia é que tenhamos um produto que seja bom, que seja garantida uma formação para o artesão para que ele possa fazer do artesanato a sua principal fonte de renda, utilizando parte do negócio. Sem esquecer que temos que valorizar o aspecto cultural e tradicional, por que o artesanato deve ser valorizado pela nossa cultura e tradição. Então, estamos voltados também para a parte de resgate de técnicas, de formação de profissionais. Porque não adianta apenas ter um produto artesanal, ele tem que ter qualidade, tem que ter preço”, disse Maria Helena Atrás.
As ações do PAB incluem, também, a publicação de Portarias, definindo, por exemplo, o que é considerado artesanato e quais as técnicas artesanais do Brasil. Além disso, o PAB desenvolveu, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), um programa nacional de capacitação, cuja metodologia é utilizada em todos os Estados. “Nós multiplicamos essa metodologia nos estados, preparando multiplicadores que vão poder ver como utilizar esse curso para formar o artesão nas localidades”.

Sistema de Informações – O Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro também foi desenvolvido pelo PAB em uso coletivo. Ele é utilizado pelos estados para fazer o cadastramento dos artesão locais e também para a avaliação das técnicas.

O PAB também trabalha em parceria com os estados para a promoção e comercialização do artesanato brasileiro, através da realização e compra dos espaços em grandes feiras e eventos. “ Quando fazemos as feiras ou adquirimos espaços em eventos grandes, cada estado é incentivado a fazer uma curadoria e levar os produtos mais interessantes para o objetivo daquela feira. Aí você consegue ver a diversidade do Brasil, o que é mais interessante; tanto em função da matéria-prima, quanto do público especializado”, argumentou Maria Helena.

Segundo a coordenadoria nacional a grande meta do PAB neste momento é fazer o mapeamento do artesanato brasileiro, desafio que já está encaminhado e deve começa ainda este ano. O sistema de criar uma carteirinha única para o artesão brasileiro também deve ser cotado em breve. Outra medida que deve sair até o final do ano também é o selo de identificação geográfica do Inmetro. “Tem muita coisa acontecendo. Temos acompanhado a evolução da comercialização nos ambientes de grandes eventos no páis e já começamos a preparação para a Copa de 2014”, concluiu.


DISTRITO FEDERAL

No Distrito Federal, a tarefa de fomentar o setor artesanal é de responsabilidade da Secretaria de Trabalho, que criou uma Coordenação de Artesanato para tocar os projetos do setor. Entre as principais ações estão o cadastramento do artesão, com emissão de carteira, a promoção de feiras e o apoio a grandes eventos na área. Tudo com o objetivo de superar um dos grandes problemas do setor no DF, que é a comercialização.

A Secretaria de Trabalho também promove cursos de atualização e capacitação. Toda a política de artesanato está articulada também com outras ações como o microcrédito e a formalização dos artesãos.

Fonte: aqui  - Revista Fonset

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