segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Centro de Estudo e Atendimento da Família - CEFAM
domingo, 13 de setembro de 2009
Brasíliatur valoriza o social
Inclusão – Paranoarte oferece meio de geração de renda e reconhecimento
A Associação Paranoarte, que foi criada com o objetivo de oferecer um meio de geração de renda e inclusão social a moradores do Paranoá, produz produtos, cuja venda gera oportunidade de trabalho e renda para mulheres.
Tudo começou em 2002 quando um grupo de terapeutas comunitários observou que muitas mulheres da região sabiam bordar e fazer crochê, entre outras habilidades artesanais. “O trabalho era tão bom, que até hoje está dando certo”, conta Aida Rodrigues, terapeuta comunitária e assistente social, que reuniu e organizou o grupo.
Hoje, a Paranoarte está presente em várias cidades-satélites do Distrito Federal, com um total de 200 participantes. Além de trabalho, a comunidade conta com terapia comunitária para melhorar a auto-estima e confiança na cidade onde mora e valorizar a cultura local. A associação oferece ainda uma unidade de comunicação e multimídia para jovens que estão em situação de risco social.
Segundo Aida, no projeto, 95% dos integrantes são mulheres e boa parte delas vive apenas da renda gerada por meio da associação. “O DF é muito rico em artesanato, então, elas têm dificuldade em fazer a produção e ter certeza que será revertida em venda”, conta. As artesãs vendem seus produtos dentro da própria comunidade e também recebem apoio da Feira da Lua, que sempre expõe as peças.
Os produtos são feitos com bordados de fita, crochê, tricô, amarradinhos de tapetes (carro-chefe da associação) e peças com materiais reciclados. Para o Brasília Fashion Festival, as mulheres prepararam bolsas feitas de tecelagens com jornal, roupas de tecelagens com banners e sapatos de crochês a partir de banners. A coleção é toda inspirada na bossa nova e, no desfile, elas optaram por modelos com maquiagem bem leve e cabelos inspirados nos anos 60.
Para o BFF, as artesãs passaram por todo um processo de consultoria com Ronaldo Fraga. Mas, fora dos desfiles, todas as encomendas que recebem são passadas diretamente para a comunidade e as mulheres têm a liberdade de dividirem entre si os pedidos.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Em Busca do Conceito de Desenvolvimento Sustentável
Sinônimo de determinação
Destaque nas Olimpíadas do Conhecimento, a brasiliense Helena Neves vai ao Canadá representar o Distrito Federal no Torneio Internacional de Educação Profissional 2009. Lá ela vai mostrar toda a sua criatividade como design gráfica
GESIANE ALVES
galves@jornaldacomunidade.com.br
Redação Jornal da Comunidade
Foto: Mary Leal
Paulo Mendes com Helena: instrutor dedica oito horas diárias de ensino para preparar a competidora
A brasiliense Helena Neves Quintas Simões, 22 anos, vai representar o Distrito Federal no 40º Torneio Internacional de Educação Profissional, o WorldSkills 2009. O desafio foi lançado para 25 alunos do Senai e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de várias regiões do país que sonharam em integrar a delegação brasileira e disputarão o torneio deste ano, entre 1º e 7 de setembro, em Calgary, na província de Alberta, no Canadá.
Para participar do torneio WorldSkills é preciso passar por intenso programa de treinamento e atingir índices compatíveis com a média exigida pelo torneio em várias provas regionais realizadas ao longo do ano.
A partir de um grupo de 46 campeões e vice-campeões da Olimpíada do Conhecimento 2008, foram selecionadas as melhores marcas para participar do mundial.
Foi o caso de Helena, que disputou e ganhou no ano passado medalhas de ouro para design gráfico. “Eu desenvolvo vários projetos, como identidade visual, embalagens, anúncios, diagramações de capa, briefings, entre outros. Faço todo o trabalho de criação de uma agência publicitária”, orgulha-se a competidora. Preparação para as olimpíadas
O instrutor dela, Paulo Mendes, avaliador líder do Brasil, conheceu Helena há dois anos, quando era seu professor em um curso de design. “Desde o curso, ela começou a se preparar para as olimpíadas. Na área de design é preciso ter aptidão e percebi que ela tinha esse dom. Mas também por sua motivação e dedicação, logo conseguiu atingir sua meta”, declarou, sem esconder uma ponta de satisfação. “É muito bom contribuir com o seu crescimento. Não basta a pessoa só ter informação, é preciso saber utilizá-la, e Helena é exemplo nisso”, completou. O professor dedica oito horas diárias ao ensino da competidora.
O evento incentiva outras pessoas que desejam se especializar. “Não há mais diferença de um país e outro, pois há dois anos o Brasil ficou em segundo lugar e isso só mostrou que depende dos jovens construírem seu futuro, pois o esforço e determinação de cada um são o diferencial”, ressalta Mendes.
“Estou tendo um crescimento profissional que não teria adquirido em lugar algum. Eu comecei a faculdade na UnB, mas no primeiro semestre tranquei, pois estava determinada a ganhar o primeiro lugar e estava ciente de que só participando desse projeto eu conseguiria alcançar meus objetivos”, avalia Helena. A competidora se disse ansiosa pela viagem, pois está há mais de dois anos treinando.
“Quero levar nossa cultura para o Canadá. Realmente, é uma experiência única na minha vida, pois vi até onde posso chegar com o meu conhecimento”, declarou a estudante.
A Semana do conhecimento
Para quem deseja se destacar profissionalmente como Helena Neves, as Olimpíadas do conhecimento é uma oportunidade para quem visa uma vaga no mercado de trabalho. Nessa semana, a fase interescolar das Olimpíadas do Conhecimento foi realizada no Senai do Gama. 57 alunos de cursos técnicos do Senai-DF, distribuídos em 22 ocupações, passaram por provas que simularam o dia-a-dia das indústrias, e tiveram de desenvolver produtos específicos de cada modalidade, envolvendo etapas de planejamento, processo de execução e conclusão. Os jovens que participaram tiveram de estudar e se empenhar durante seis meses, e em média oito horas diárias.
Além de assistir a competição, os interessados participaram gratuitamente de minicursos – realizados pela empresa Chea, especialista em equipamentos de solda – e de palestras com temas como: Saúde e Segurança no Trabalho, Profissão Webdesign, Instrumentos Eletroeletrônicos, Construções Ecológica.
Evolução do país
O Brasil vem participando do WorldSkills desde 1983. Por isso a diretoria do Senai Nacional está apostando no desempenho dos brasileiros nas edições, que acontecem a cada dois anos. Em comparação com os últimos anos, o país saltou do 12º para o 2º lugar em 2007.
O Brasil ficou atrás apenas da Coréia do Sul e à frente de países com tradição em educação profissional, como Suíça e Japão. “A expectativa é de que os brasileiros repitam o desempenho técnico de 2007 e a conquista de medalhas vai depender de como estarão nossos concorrentes”, avalia o team líder Antônio Carlos Dias, do Senai Nacional.
Os melhores resultados, segundo Dias, devem ocorrer nas áreas em que o Brasil tem tradição, como eletroeletrônica e automação. “Podemos dizer que os competidores de todas as modalidades estão tranquilos em relação aos concorrentes, porque o padrão brasileiro é internacional”, garante.
Os competidores de cerca de 50 países que estão no WorldSkills só podem participar uma vez do torneio e ter, no máximo, 22 anos। “Esse evento é muito importante para o Brasil porque é uma oportunidade de demonstrar ao mundo que temos profissionais reconhecidos”, diz Paulo Mendes.